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Equipes da Fórmula 1 em 2012: McLaren, primeiros passos

Depois de um tempo meio afastado, chegou a hora de tocar pra frente a Série das equipes da Fórmula 1 de 2012. Agora é a hora de falar sobre a segunda equipe mais velha da Fórmula 1 ainda em atividade, a McLaren.

Logo da McLaren nos primeiros anos

Vamo lá. A Bruce McLaren Motor Racing foi fundada pelo piloto neozelandês Bruce McLaren em 1963. A equipe trabalhava junto com a Cooper, equipe de McLaren na Fórmula 1. Para 64, a equipe passou a disputar a Tasman Series, um antigo campeonato disputado na Austrália e Nova Zelândia. Outros pilotos de Fórmula 1, como Jackie Stewart, Jim Clark, Jack Brabham, …, participavam de algumas provas e as vezes do campeonato inteiro. Bruce foi campeão em 64, primeiro ano da Tasman Series.

Apenas em 66 que McLaren ergueu oficialmente sua equipe para a Fórmula 1. McLaren saiu da Cooper depois da equipe começar a demonstrar uma queda de rendimento. A McLaren estreou na Fórmula 1 no GP de Mônaco. O carro seria impulsionado pelo motor Ford 3 Litros V8, um motor, originalmente, de 4.2 litros utilizado na Indy 500.

McLaren M2B.jpg

Na prova de estreia de seu time, Bruce McLaren classificou em 10º e andou em 6º maior parte da prova, até um vazamento de óleo acabar com sua prova na volta 9. Depois da prova, McLaren deu algumas declarações que deixaram a impressão de uma possível troca de motores. Foi exatamente isso que ocorreu. O motor Ford foi substituído por um Serenissima.

McLaren fez três corridas com o motor Serenissima, só conseguindo largar em uma, na Inglaterra, quando conquistou seu primeiro ponto na Fórmula 1 com sua equipe. O motor Ford voltou nas duas últimas corridas do ano. Na primeira, nos Estados Unidos, McLaren conquistou um 5º lugar, somando dois pontos. Na segunda, no México, O motor dele quebrou na 40ª volta, encerrando a temporada.

Haviam planos para que Chris Amon corresse algumas provas, mas isso não aconteceu por algum motivo(que eu não faço ideia de qual seja).

               

Para 67, McLaren Trocou os motores Ford pelos motores BRM. McLaren começou o ano com o motor BRM 2.0 V8. Era planejado começar com o V12 3.0, mas o cronograma atrasou. Foram apenas duas corridas com o V8. A primeira em Mônaco, segunda prova da temporada. McLaren saiu de décimo e completou em 4º, três voltas atrás do vencedor. Enquanto na prova seguinte, na Holanda, McLaren classificou em 14º e sofreu um acidente na 1ª volta, abandonando a prova.

McLaren passou 4 provas sem correr até que voltou no GP do Canadá com um carro novo, agora equipado com o motor V12 da BRM. O resultado não foi dos melhores. No Canadá, McLaren terminou fora da zona de pontuação, em sétimo. E abandonou as três corridas seguintes, Itália(quebra de motor), Estados Unidos(vazamento de água) e México(pressão do óleo).

New Zealand Denny Hulme Todas
New Zealand Bruce McLaren Todas, menos África do Sul

1968: Aquele ano seria cheio de inovações. Primeiro, pela primeira vez McLaren teria um companheiro em seu time, o campeão de 67, e compatriota, Denny Hulme, que já havia corrido na Can-Am pela equipe. Os motores BRM saíram para a entrada dos Cosworth. Mas McLaren não fez a primeira corrida, enquanto Hulme fez. Ainda com o carro do ano anterior, Hulme completou a prova em 5º. A partir da segunda corrida, na Espanha, o carro novo (da foto) passou a ser utilizado.

De cara, Hulme foi 2º, conquistando o primeiro pódio do time, McLaren abandonou. Na 4ª corrida, na Bélgica, Bruce McLaren conquistou a primeira vitória de seu time na Fórmula 1, numa prova que Denny Hulme abandonou. Naquele ano, Hulme ainda venceria duas vezes(Itália e Canadá), na última, fazendo dobradinha com McLaren. No Final, a McLaren foi vice-campeã de construtores, seria o melhor ano do time na década de 60, além do primeiro ano que a McLaren fez a temporada completa.

New Zealand Denny Hulme Todas
New Zealand Bruce McLaren Todas
United Kingdom Derek Bell Inglaterra

McLaren começou o ano com o carro do ano anterior(o carro novo só apareceu na segunda corrida), enquanto Hulme passou o ano com o carro do ano anterior. Hulme conquistou a única vitória da equipe no ano no México, país da última prova do ano. Derek Bell fez o GP da Inglaterra com o McLaren M9A, um carro de tração nas 4 rodas.

Um tempo depois da prova, que Bell abandonou na 5ª volta(quebra da suspensão), McLaren testou o carro e comprovou ser quase impossível de se dirigir e nunca mais esse carro foi para as pistas.

McLaren M9A

  Ford Cosworth DFV 3.0 V8   New Zealand Bruce McLaren África do Sul, Espanha e Mônaco
New Zealand Denny Hulme Todas, menos Bélgica e Holanda
United Kingdom Peter Gethin Holanda, Alemanha, Áustria, Itália, Canadá, Estados Unidos e México
United States Dan Gurney Holanda, França e Inglaterra
Alfa Romeo T33 3.0 V8 Italy Andrea de Adamich Todas, menos África do Sul, Bélgica e México
Italy Nanni Galli Itália

Naquele ano, o italiano Andrea de Adamich pilotaria em quase todo o campeonato com um McLaren do ano anterior e com um novo equipados com o motor Alfa Romeo, que se mostrou uma verdadeira mistura de merda. Nanni Galli fez apenas o treino do GP da Itália, já que não se qualificou para a prova. Andrea de Adamich fez várias corridas e quase sempre não se qualificava ou terminava fora dos pontos.

Naquele ano, a equipe sofreria seu maior golpe desde sua criação, a morte do fundador Bruce McLaren em um teste de um carro da Can-Am em Goodwood. Enquanto percorria uma das retas da pista, Mclaren teve a parte traseira do carro quebrada, teve uma desestabilização aerodinâmica e bateu em um posto de fiscais. Com a morte de McLaren, Teddy Mayer, que já estava no time, assumiu o controle.

O ano não foi dos melhores. A equipe não venceu nenhuma vez e teve um segundo lugar de Hulme e outro de McLaren(ambos antes da morte de McLaren). Gethin e Gurney apenas somaram um ponto e o trabalho de pontuar recaiu sobre Hulme, que conquistou 3 terceiros lugares(Inglaterra, Alemanha e México) e 27 dos 35 pontos da equipe no ano.

71 seria um ano de “volta ao passado” para a McLaren, mas isso fica pro próximo capítulo. Até lá.